imagem top

2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

CHULC LOGOlogo HDElogo anuario

MANIFESTAÇÕES RADIOLÓGICAS DA TUBERCULOSE EM IDADE PEDIÁTRICA - ESTUDO RETROSPETIVO UNICÊNTRICO

Mariana Lima1, Jorge Furtado2, Ana Nunes2, Eugénia Soares3

1 - Interna de Radiologia, Centro Hospitalar Lisboa Central, Lisboa, Portugal
2 - Assistente de Radiologia Pediátrica do Hospital Pediátrico D. Estefânia (CHLC), Lisboa, Portugal
3 - Chefe de Serviço de Radiologia do Hospital Pediátrico D. Estefânia (CHLC), Lisboa, Portugal

- XIV Congresso Nacional de Radiologia da SPRMN – CNR 2018
- Albufeira, 16-19 maio 2018. Comunicação Oral

Abstract:
Objectivo: Revisão dos casos de tuberculose diagnosticados em 2017 num Hospital Pediátrico de referência; estudo das manifestações imagiológicas (radiologia convencional/TC); comparação dos padrões de manifestação entre crianças até aos 2 anos e adolescentes.
Material e métodos: Análise retrospectiva dos processos clínicos, radiogramas e TC’s torácicas realizadas ao diagnóstico (20 pacientes).
Resultados: A manifestação imagiológica de tuberculose mais frequentemente encontrada nas crianças até aos 2 anos foi a presença de adenopatias mediastínicas/hilares (70%), pouco frequentes no grupo etário adolescente (p=0,023). Na avaliação parenquimatosa, a alteração mais frequente até aos 2 anos foi a presença de consolidação (33%) ou nódulos unilaterais (33%). Na faixa etária 12-18 anos, a alteração mais comum foi a presença de cavitação (70%), não havendo nenhum caso de cavitação até aos 2 anos de idade (p=0,003). Outras alterações frequentes na faixa etária adolescente foram a presença de nódulos bilaterais (60%) e padrão “tree-in-bud” (50%). Verificou-se a ocorrência de doença extra-pulmonar em ambos os grupos etários.
Conclusões: A TC permite detectar algumas alterações sem tradução no estudo radiográfico e esclarecer aspectos duvidosos, aumentando a capacidade diagnóstica. É mais comum a presença de adenopatias (característica da tuberculose primária) até aos 2 anos de idade e a ocorrência de cavitação (típica da tuberculose pós-primária) na adolescência.