1- Unidade de Infecciologia Pediátrica, Infecciologia Pediátrica, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa
- Reunião nacional, Congresso Nacional de Pediatria, publicação sob forma de poster
Resumo:
Introdução: Em Portugal, os novos casos de infeção VIH em idade pediátrica são sobretudo importados de países em vias de desenvolvimento, onde a doença permanece um problema, sendo necessário manter investimento incentivado no rastreio e principalmente a todas as gestantes.
Casos Clínicos: Criança de 2 anos, do sexo feminino natural da Guiné e adolescente de 12 anos do sexo masculino natural de Angola, que adquiriram a infeção VIH por via vertical. As manifestações clínicas que levaram á suspeita do diagnóstico foram na criança de 2 anos febre, impetigo bolhoso, molusco contagioso e parotidites recorrentes e no adolescente emagrecimento, diarreia recorrente e infeções respiratórias de repetição. Em ambos se confirmou infeção pelo VIH-1. No adolescente foi diagnosticada tuberculose miliar e na criança nefropatia VIH, sendo a contagem CD3+/CD4+ no adolescente 305,33 cells/ul, e na criança 995 cells/ul, permitindo classificá-los respetivamente nos estadios C2 (SIDA) e no estadio B2. Foi iniciado tratamento antirretroviral e mantêm-se em seguimento na Consulta de Imunodeficiências.
Conclusão: Estes casos alertam para a importância da suspeição do diagnóstico desta infeção já que as manifestações clínicas podem ser muito variadas. Deve ser incentivado o rastreio sistemático das populações oriundas de países onde a infeção ainda é endémica, tendo como objetivo um diagnóstico precoce para um correto acompanhamento e tratamento dos doentes.
Palavras Chave: Contagem linfocitária, Estadios SIDA, VIH