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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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ESOFAGITE EOSINOFÍLICA - A NOSSA EXPERIÊNCIA DESDE 2004 ATÉ AO PRESENTE

Catarina Rúbio1, Mariana Lobato2, Tânia Gonçalves2, Sara Nóbrega3, Laura Oliveira3, Filipa Santos3, Isabel Afonso3, Paula Leiria Pinto2, José Cabral3, Helena Flores3

1 - Serviço de Pediatria, Hospital Vila Franca de Xira
2 - Unidade de Imunoalergologia, Hospital Dona Estefânia, Área da Mulher, Criança e Adolescente, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa 
3 - Unidade Gastrenterologia Hepatologia e Nutrição Pediátrica, Hospital Dona Estefânia, Área da Mulher, Criança e Adolescente, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa 

- Comunicação oral no Congresso Nacional de Pediatria

Resumo:
Introdução: A esofagite eosinofílica (EE) é uma doença crónica, imunomediada, localizada ao esófago. É uma doença emergente nas últimas duas décadas constituindo atualmente a segunda principal causa de esofagite crónica e a principal causa de disfagia e impacto alimentar em jovens adultos. 
Série de casos:
Objetivos: Caracterizar clinicamente os doentes com diagnóstico de EE seguidos na consulta de Gastrenterologia Pediátrica, no período de 1 Janeiro de 2004 a 30 de Junho de 2018.
Métodos: Estudo descritivo, retrospetivo, que incluiu dados demográficos, clínicos, endoscópicos dos doentes.
Resultados: Identificaram-se 186 doentes, 85% do sexo masculino. A mediana de idades ao diagnóstico foi 10 anos. Verificou-se um maior número de doentes seguidos por esta patologia ao longo do período do estudo. A disfagia e o impacto alimentar foram as principais manifestações clínicas ao diagnóstico. Todos os doentes realizaram inibidor da bomba de protões como terapêutica de primeira linha. 88,6% dos doentes foram encaminhados para a consulta de Imunoalergologia, sendo que, 52,2% realizaram dieta de evicção e 42,4% corticoide tópico. Relativamente às complicações um doente apresentou estenose esofágica com necessidade de dilatação e 3,8% dos doentes que realizaram corticoterapia apresentaram candidíase esofágica. Verificou-se recidiva clínica em 65,6% e endoscópica em 69,3%. Atualmente 37,1% destes doentes não mantém seguimento em consulta, dos quais 62,3% transitaram para a Gastrenterologia de adultos.
Conclusão: A EE é uma patologia crónica, recidivante e com potencial de causar importantes alterações estruturais esofágica, pelo que, é essencial um rápido reconhecimento e abordagem multidisciplinar da mesma entre a gastrenterologia e a Imunoalergologia.

Palavras Chave: atopia, criança, Esofagite Eosinofílica.