imagem top

2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

CHULC LOGOlogo HDElogo anuario

DISPLASIA CIMENTO-ÓSSEA FLORIDA: RELATO DE UM CASO CLÍNICO

Patrícia Caixeirinho2, Mariluz Martins3, Ana Fernandes1, Luís Sanches Fonseca2, Maria Machado2

1 - Unidade de Estomatologia Pediátrica, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE, Lisboa;
2 - Serviço de Estomatologia, Hospital de São José, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE, Lisboa;
3 - Serviço de Cirurgia da Cabeça e Pescoço, Instituto Português de Oncologia de Lisboa.

Revista da Associação dos Médicos Estomatologistas Portugueses, nº 15, setembro 2018. Publicação em versão integral

Resumo
Introdução: A displasia cimento-óssea florida (FCOD) é uma lesão fibro-óssea dos ossos gnáticos, rara e benigna, geralmente assintomática e diagnosticada acidentalmente. As lesões são mais frequentemente observadas em mulheres negras de meia-idade. Radiograficamente, a displasia cimento-óssea florida surge como múltiplas massas radiopacas, distribuídas bilateral e simetricamente nas regiões com dentes ou edêntulas dos maxilares.
Relato de caso: Doente do sexo feminino, 67 anos, raça negra observada por dor mandibular difusa, cefaleias e má oclusão. Antecedentes pessoais de HTA, DM tipo II, SAOS e carcinoma da mama. A ortopantomografia apresentava lesões radiopacas circundando as raízes de molares e pré-molares no 3º e 4º quadrantes. A TAC confirmou a presença de múltiplos focos de cimentose periapical e luxação do côndilo esquerdo. Sem outras alterações de órgãos e sistemas a doente foi referenciada para ponderação da disfunção temporomandibular.
Conclusões: A FCDO é uma lesão benigna e geralmente assintomática, a biopsia não é obrigatória sendo o diagnóstico clínico e radiológico. Qualquer procedimento invasivo acarreta risco acrescido de osteomielite.

Palavras-chave: displasia cimento-óssea florida, lesão fibro-óssea dos maxilares.