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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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COMPARAÇÃO ENTRE O USO DE ECRÃS COM IDADE INFERIOR A 3 ANOS EM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO NEURODESENVOLVIMENTO E COM DESENVOLVIMENTO TÍPICO

Tânia Moreira1, Catarina Ribeiro2, Pedro Caldeira da Silva3, Sílvia Afonso4

1 - Unidade de Desenvolvimento, Centro de Estudos do Bébé e da Criança, Área da Mulher, Criança e Adolescente, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa
2 - Serviço de Pedopsiquiatria, Área da Mulher, Criança e Adolescente, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa
3 - Unidade de Primeira Infância, Centro de Estudos do Bébé e da Criança, Área da Mulher, Criança e Adolescente, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa

- 1ªs Jornadas do Centro de Estudos do Bebé e da Criança, Lisboa, 4 de junho, (poster com discussão)

Resumo:
Introdução: Os meios audiovisuais, como televisão, tablet e smartphones, estão disponíveis no ambiente doméstico das crianças e tornaram-se um modo de vida dos tempos atuais. A Sociedade Americana de Pediatria não recomenda a utilização de ecrãs abaixo dos dois anos de idade. Para crianças entre os dois e os cinco anos, apontam um período máximo de uma hora por dia. Vários estudos têm demonstrado os efeitos prejudiciais do uso de ecrãs em crianças, incluindo perturbação do sono, atraso de desenvolvimento da linguagem, efeitos adversos na cognição e problemas de atenção. Em particular, as crianças com perturbação do espectro de autismo são mais vulneráveis aos efeitos dos ecrãs e à adição tecnológica. Não obstante, poucos estudos têm avaliado os efeitos do uso de ecrãs em idades tão precoces, como inferior a três anos de idade. Objetivos: Pretendemos com este estudo testar as hipóteses de que todas as crianças ultrapassam o número de horas de ecrãs recomendado, sobretudo as crianças com perturbação do espectro de autismo e as crianças com perturbação da linguagem; que o consumo acima do recomendado se associa a alterações do sono e está relacionado com fatores culturais, menor escolaridade parental e noção de benefício pelos pais. Metodologia: Estudo transversal com exploração de fatores associados ao uso excessivo de ecrãs de amostra de conveniência de crianças dos 15 aos 36 meses de idade seguidas em consultas de Desenvolvimento ou da Unidade de Primeira Infância e crianças com desenvolvimento típico inscritas nas Unidades de Saúde Familiar da ACES Lisboa Central. A colheita da informação será realizada sob a forma de inquérito de caracterização sociofamiliar e patologia do neurodesenvolvimento prenchida pelo médico e inquérito de uso de ecrãs desenhado para o estudo preenchido pelos pais. Serão utilizados os métodos estatísticos adequados à natureza dos dados.

Palavras Chave: bebés, ecrãs, perturbação da linguagem, perturbação do espectro do autismo.