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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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CHECK-UP ALERGIAS – RESULTADOS DE RASTREIOS

Ana Palhinha1, Nicole Pinto1, David Pina Trincão1, Inês Sangalho1, Mariana Lobato1, Tânia Gonçalves1, Pedro Carreiro Martins1,2, Paula Leiria Pinto1,2

1 - Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E., Rua Jacinta Marto, Lisboa, Portugal
2 - CEDOC, Integrated Pathophysiological Mechanisms Research Group, Nova Medical School, Campo dos Mártires da Pátria, 1150-190 Lisboa, Portugal.

- Reunião Nacional, apresentação sob a forma de Póster na 39º Reunião Anual da SPAIC, Figueira da Foz, 28 a 30 de setembro de 2018

Resumo: 
Objetivos: Avaliação de sintomatologia sugestiva de doença alérgica e do padrão de sensibilização, nas amostras obtidas através da iniciativa Check-up Alergias decorrida de 5 a 6 de Novembro de 2017 e a 6 de Junho de 2018. Metodologia: Foram aplicados 250 inquéritos (140 em Nov/17; 108 em Jun/18) em participantes voluntários, excluindo-se 19 (7 em Nov/17; 12 em Jun/18) por contraindicação para realização de testes cutâneos, de acordo com as guidelines da EAACI. Testaram-se os aeroalergénios: D. pteronyssinus, Alternária, Pólen de Gramíneas, Parietária, Oliveira e Epitélio de Gato. Consideraram-se positivas as pápulas com diâmetro ≥3mm. Definiram-se como sintomas sugestivos de rinite (R), rinoconjuntivite (RC) e asma: crises de espirros, corrimento nasal ou nariz entupido na ausência de constipação; olhos lacrimejantes e com comichão; pieira ou sibilos no peito, respetivamente. O diagnóstico de rinite alérgica (RA) baseou-se na presença de sintomas de R e positividade dos TC para pelo menos 1 aeroalergénio. Resultados: Foram obtidas 2 amostras - Nov/17 Amostra A e Jun/2018 Amostra B, constituídas por 133 e 98 doentes. Verificou-se predomínio do género feminino (nA=96; nB=65) e a maioria dos indivíduos tinha >40 anos de idade (nA=86; nB=68). Nas amostras A e B, 80,5 e 69,4% (nA=107; nB=68) dos doentes referiam sintomas de R, dos quais 25,6 e 27,6% (nA=34, nB=27) tinham diagnóstico prévio de RA. 72 e 81% (nA=77; nB=55) dos doentes com R tinha também sintomatologia de RC. A maioria apresentava queixas de R em mais de uma estação do ano [nA=70 (65%); nB=42 (62%)], sendo a Primavera a estação mais implicada [nA=78 (73%); nB=58 (85%)]. O diagnóstico de RA foi assumido em 32 e 27% dos doentes, respectivamente. Quanto à asma, 27,8 e 33,7% (nA=37; nB=33) dos doentes referiam sintomas compatíveis com esta doença; dos quais 15,8 e 8,2% (nA=21; nB=8) tinham diagnóstico prévio. Os sintomas de asma foram notados em mais de uma estação do ano na maioria dos doentes [nA=16 (54%); nB=20 (61%)], com distribuição semelhante pelo Outono, Inverno e Primavera em ambas as amostras. Dos indivíduos com sintomas de RA, 31 e 43% (nA=33; nB=29) tinha também sintomas de asma, os quais apresentavam maior impacto nas actividades de vida diária. Conclusões: Apesar do possível viés de selecção das amostras, verificou-se um subdiagnóstico das patologias em estudo, o que corrobora a importância dos rastreios como veículo de sensibilização da população para a saúde e para recolha de dados epidemiológicos