1- Interna do 1º ano de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, Lisboa
2- Interna do 3º ano de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, Lisboa
3- Interna do 2º ano de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, Lisboa
4- Interna do 1º ano de Psiquiatria da infância e adolescência do Hospital Garcia de Orta, Lisboa
- Congresso da Associação Portuguesa de Psiquiatria da Infância e Adolescência 2017, sob a forma de Poster electrónico.
Introdução: O termo aliança terapêutica (AT) é definido como uma parceria ativa que se estabelece entre o doente e o psicoterapeuta, na qual existem três componentes interdependentes: uma ligação afectiva, um acordo comum dos objectivos do tratamento e um acordo comum das tarefas a cumprir em terapia. (BORDIN.E.S, 1979). A AT é considerada uma parte essencial da psicoterapia, já que é no contexto relacional que todos os outros aspetos do processo terapêutico se desenvolvem (Safran & Muran. 2006). O conceito tem vindo a ser objeto de vários estudos e leituras, acompanhadas frequentemente do desenvolvimento de instrumentos de medição consentâneos com a conceptualização da mesma (e.g. Bachelor, 1995; Geller et al., 2010; Gelso, 2011 cit in Watson, 2011).
Objectivos: Pretende-se fazer umarevisão bibliográfica de estudos que avaliam o papel e importância da aliança terapêutica e a discussão dos factores que a influenciam e as suas implicações no sucesso terapêutico.
Métodos: Procedeu-se a uma pesquisa bibliográfica em livros, artigos indexados na base de dados do Pudmed, e em revistas científicas de Neuropsiquiatria, Psiquiatria e Psicologia, referentes aos conceitos de "Aliança terapêutica em psicoterapia" com intervalo de tempo de 1997 a 2017.
Conclusão: Este trabalho proporcionou-nos uma melhor compreensão do papel da aliança terapêutica na adesão e sucesso terapêutico do tratamento em saúde mental de crianças e jovens, verificando-se que a AT representa um importante factor preditor do resultado terapêutico. Constatou-se ainda que as competências do terapeuta e a sua sensibilidade são importantes na construção desta aliança, assim como a empatia e compreensão. Existem, no entanto, poucos estudos nesta área, bem como uma baixa aplicação de escalas de medição/avaliação da AT em crianças e adolescentes, sendo estas escassas, na 1º infância. Considera-se assim importante que no futuro sejam realizados mais estudos juntamente com a aplicação de escalas de avaliação, de forma a promover uma maior compreensão e acaracerização do tema.
Palavras Chave: Aliança Terapêutica, Psicoterapia