1- Interna de Pedopsiquiatria; Área da Mulher, Criança e Adolescente; Hospital Dona Estefânia; Centro Hospitalar de Lisboa Central.
2- Especialista em Pedopsiquiatria; Área da Mulher, Criança e Adolescente; Hospital Dona Estefânia; Centro Hospitalar de Lisboa Central.
- Reunião nacional (XXVIII Encontro da Associação Nacional de Psiquiatria da Infância e do Adolescente).
Resumo:
Introdução: Nas Perturbações de Ansiedade a evidência científica tem mostrado que a intervenção de acordo com modelos cognitivo-comportamentais tem uma elevada eficácia. No entanto, em casos de psicopatologia complexa, nomeadamente quando existem comorbilidades psiquiátricas, os modelos tradicionais cognitivo-comportamentais parecem revelar-se insuficientes, nomeadamente nos estudos de follow-up.
Objetivos: Salientar a importância de uma visão integrativa que contemple técnicas cognitivo-comportamentais, psicodinâmicas e de intervenção familiar na abordagem da Perturbação de Ansiedade de Separação.
Métodos: Apresentação das linhas de orientação na intervenção terapêutica no caso de uma criança de 10 anos com diagnóstico DSM-5 de Perturbação de Ansiedade de Separação.
Resultados: Sublinha-se, na intervenção individual com a criança, a importância de utilizar técnicas de restruturação cognitiva, exposição em imaginação e in vivo, a par com a abordagem da conflitualidade intrapsíquica (baseada nas teorias psicodinâmicas). A intervenção familiar é outra dimensão central na abordagem dos casos em que a família apresenta pouca capacidade de promover a autonomia da criança.
Conclusão: Para uma boa prática em casos de psicopatologia complexa, o Pedopsiquiatra deverá valorizar uma visão e abordagem integrativas utilizando conceitos e modalidades de intervenção de diversas modelos terapêuticos.
Palavras Chave: “anxiety”, “CBT”, “Child”, “psychotherapy”, “treatment failure”