1- Interna de Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Área da Saúde da Mulher e da Criança, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, Lisboa.
2- Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Área da Saúde da Mulher e da Criança, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, Lisboa.
- Reunião institucional (Reunião Clínica da Clínica da Juventude).
- Publicação sob forma de poster VIII ENIPIA: Pedopsiquiatria no século XXI.
Resumo:
Introdução - O número de crianças afetadas pela separação dos pais tem aumentado drasticamente. O divórcio não é um evento, mas um processo, capaz de alterar o bem-estar psicológico das crianças e adolescentes que por ele passam. A literatura sugere que crianças filhas de pais divorciados experienciam sintomas psicológicos e físicos mais frequentemente do que os filhos de pais não divorciados. Os efeitos a longo prazo, em adultos que sofreram rutura familiar em crianças, podem incluir diminuição do bem-estar, depressão, ansiedade, consumo de álcool e problemas nas relações mais íntimas.
Objectivos e Métodos - Caracterização de um caso clínico e revisão não sistemática da literatura na base de dados científica PubMed com os termos ‘parental divorce impact’, ‘mental health’, ‘childhood and adolescence’.
Resultados e Conclusão - O funcionamento da família é mais importante do que a estrutura familiar, pelo que a qualidade da parentalidade é um dos melhores preditores de bem-estar das crianças. É fundamental acompanhar não só os adolescentes, mas também envolver os pais no projeto terapêutico, numa perspectiva de diminuição de efeitos a longo prazo. Contudo, os processos que medeiam a relação entre o divórcio dos pais e a psicopatologia dos filhos estão ainda por esclarecer, pelo que futuros estudos deverão explorar variáveis cada vez mais específicas.
Palavras Chave: ‘parental divorce impact’, ‘mental health’, ‘childhood and adolescence’.