Unidade Nefrologia Pediátrica, Área da Mulher, da Criança e do Adolescente, CHLC, EPE
- I Encontro da Mulher e da Criança, Centro Hospitalar de Barreiro-Montijo, Barreiro, 20 de Outubro de 2017 (oradora).
Resumo:
A incontinência urinária na criança constitui uma entidade heterogénea. Existem causas funcionais e causas orgânicas, sendo as primeiras muito mais comuns.
O pré-requisito principal para o sucesso do tratamento é a distinção entre Enurese monossintomática (MEN) e enurese não-monossintomático (não-MEN).
O diagnóstico, diferenciação entre MEN e não-MEN e o início da terapêutica baseiam-se na anamnese e numa avaliação básica não invasiva. A investigação urodinâmica invasiva indicada apenas nos doentes complexos: casos refratários ao tratamento, crianças com sintomas diúrnos significativos e/ou suspeita de patologia orgânica.
Para o sucesso do tratamento é fundamental que quer a criança e os pais estejam motivados. A uroterapia constitui o pilar mais importante do tratamento. Em primeiro lugar, deverão ser tratados os sintomas diurnos e incontinência fecal. Poderão existir comorbilidades psiquiátricas (causa ou consequência da incontinência urinária), as quais deverão ser tratadas em paralelo.
O tratamento deverá ser dirigido à patologia subjacente: terapêutica com DDAVP nos casos de poliúria noturna e utilização de alarme noturno nas situações de capacidade vesical diminuída. No entanto, as terapêuticas combinadas aumentam a taxa de sucesso.
Palavras Chave: enurese, incontinência urinária, uroterapia