1- Unidade Músculo-esquelética/Medicina Física e de Reabilitação, Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
- Sessão Clínica no Serviço de MFR do HDE, Março 2016
A osteoporose é uma doença esquelética sistémica caracterizada pela perda de massa óssea e pela deterioração da microarquitectura do tecido ósseo, com consequente aumento da fragilidade óssea e da susceptibilidade para fractura, que constitui a sua principal complicação. O pico de massa óssea estabelece-se até à terceira década de vida a partir da qual decresce progressivamente com aumento da taxa de desmineralização decorrente de alterações do ambiente hormonal (mais precoces no sexo feminino – menopausa) e depende de factores intrínsecos e extrínsecos. A informação genética determina a predisposição para o estabelecimento de uma massa mineral óssea de qualidade, no entanto, são factores modificáveis como a nutrição e a actividade física que possuem maior peso. A manutenção de um balanço nutricional positivo (sem distúrbios alimentares e hormonais concomitantes) com aporte adequado de cálcio e vitamina D, bem como a realização de exercício físico com impacto axial durante a fase de crescimento e maturação óssea até à terceira década de vida, constituem os principais factores que influenciam o pico de densidade mineral óssea. A melhoria da qualidade do osso na sua fase de formação, bem como o suprimento nutricional e a manutenção de um programa de exercício físico em carga, diminuem a taxa de desmineralização óssea e o risco de queda, que constitui o principal factor de risco de fractura nestes doentes. O tratamento da osteoporose inclui medidas não farmacológicas: nutricionais (com suplementação em caso de necessidade), exercício físico (melhoria do balanço muscular, equilíbrio e propriocepção), medidas de prevenção de risco de queda; e farmacológicas (anti-reabsortivos e osteoformadores).
Palavras Chave: osteoporose; factores de risco; prevenção; tratamento;