1. Serviço de Cirúrgia Pediátrica, Hospital Dona Estefânia- CHLC
9º Congresso de Cirurgia Minimamente Invasiva. 2 a 4/06/16, Aveiro (comunicação oral)
Introdução: O objetivo deste trabalho foi analisar as características demográficas, clínicas e terapêuticas referentes ao grupo de doentes pediátricos com pneumotórax espontâneo submetidos a tratamento cirúrgico via toracoscópico.
Métodos: Realizou-se um estudo retrospetivo que incluiu todos os doentes com idades compreendidas entre os 0 e 18 anos com o diagnóstico de pneumotorax espontâneo, que foram submetidos a tratamento cirúrgico via toracoscópico, no período compreendido entre 2011 a 2015. Foram avaliados os seguintes parâmetros: sexo, idade, tipo de pneumotorax e lateralidade, estudo complementar, co-morbilidades e fatores de risco, indicação cirúrgica, achados intra-operatórios, opções cirúrgicas e follow-up.
Resultados: Foram incluídas 10 crianças neste estudo, das quais 70% eram de sexo masculino, com uma média de 15,5 anos (±1). A maioria teve pneumotorax espontâneo primário e a lateralidade foi igualmente distribuída. A asma foi a doença de base em todos os casos de pneumotórax secundário. A indicação cirúrgica mais frequente foi pneumotorax recidivante com identificação imagiológica de bolhas pulmonares. Todos foram submetidos a resseção pulmonar apical em cunha, com sutura mecânica endoscópica e posteriormente submetidos a pleurodese mecânica (50%) ou química com talco (40%). Não houve complicações cirúrgicas ou mortalidade neste estudo. O tempo médio de follow-up foi de 4 meses (± 2). Houve apenas uma recidiva, precoce, sem necessidade de tratamento cirúrgico. Ocorreram pneumotoraces contralaterais em 30% dos casos.
Discussão: Os autores concluem que a experiência institucional no tratamento toracoscópico dos pneumotoraces é favorável comparando com os resultados publicados nas grandes séries.
Palavras-chave: pneumotorax espontâneo; pediátrico; cirurgia toracoscópica