Equipa Fixa da Urgência Pediátrica
Hospital Dona Estefãnia
Centro Hospitalar lisboa Central EPE
Reunião da Área da Mulher, Criança e Adolescentes
Lisboa, 5 de Abril de 2016
RESUMO
Nos últimos anos, a importância que finalmente foi dada no controle da dor, medo e ansiedade na criança relacionados com procedimentos diagnósticos e terapêuticos executados nomeadamente no serviço de urgência, levou à necessidade de aplicação de técnicas de avaliação e tratamento da dor por profissionais não anestesiologistas ou intensivistas. Nesse âmbito o pediatra hospitalar deve adquirir preparação teórica e formação técnica adequadas, cujos principais objectivos são: a) garantir a segurança e bem-estar, b) minimizar o desconforto físico e dor, c) controlar a ansiedade, minimizar o trauma psicológico e desenvolver o potencial da amnésia e d) controlar o comportamento e/ou movimento durante a execução do procedimento. A introdução da mistura inalatória equimolar de oxigénio e protóxido de azoto no serviço de urgência em Junho de 2014 foi o primeiro passo para uma política institucional de sedo-analgesia em procedimentos agudos aí realizados. Apresenta-se a experiência adquirida entre 13 de Junho de 2014 e 29 de Fevereiro de 2016, na urgência pediátrica (pediatria médica, ortopedia e cirurgia) com destaque para as indicações, monitorização, reconhecimento de complicações e eficácia da MEOPA. Pretende-se também mobilizar os profissionais de saúde para a necessidade prioritária de alargar o conceito de analgesia e sedação para outras situações e contextos.