Equipa Fixa da Urgência de Pediatria Médica, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa;
- 2º Congresso Área Pediatria Médica, 23-25/6/2016, Lisboa (Comunicação - Hot topics Urgência)
A qualidade em saúde é definida pelo Institute of Medicine (IOM) como o “grau em que os serviços de saúde, para os indivíduos e populações, aumentam a probabilidade de se atingirem os resultados de saúde desejáveis de acordo com o conhecimento profissional corrente” (USA. Institute of Medicine, 2000). O IOM aponta seis dimensões da qualidade onde se incluem a efectividade e a eficiência, a equidade, a segurança e a prestação de cuidados atempada e centrada no doente. A sobrelotação do Serviço de Urgência (SU) condicionando longos períodos de espera, erros médicos e pouca satisfação dos doentes, é uma ameaça à qualidade dos cuidados prestados e à confiança no SU, mas também à segurança do doente. É necessário estabelecer estratégias no fluxo de doentes no SU, permitindo melhorar a resposta com qualidade em vários pontos fulcrais no trajeto do doente no SU:
- A Triagem avançada inicia uma série de intervenções previamente protocoladas, antes da avaliação médica, permitindo uma melhoria da eficiência dos cuidados, cuidados centrados e ajustados ao doente, maior segurança e diminuição do tempo de permanência no SU.
- As Clinical Pathways são planos inter e multidisciplinares estruturados que possibilitam a implementação de guidelines e protocolos, adequando-os à estrutura local, com uniformização de procedimentos e permitindo a tomada de decisões suportada em algorítmos clínicos e baseada na melhor evidência clínica disponível.
- O Fast Track, em situações de maior afluxo de doentes, cria um circuito mais rápido para doentes de baixo nível de prioridade clínica, diminuindo a lotação da sala de espera, o tempo de permanência no SU e diminuindo a insatisfação e o abandono dos doentes.
Palavras-chave: serviço de urgência, qualidade, fluxo de doentes