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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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MALFORMAÇÕES OROFACIAIS: CRIAR SAÚDE

Rosário Malheiro1, Ana Fernandes1, Jorge Pinheiro1Preletora: Rosário Malheiro

1- Unidade de Estomatologia Pediátrica, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa;

II Encontro de Reabilitação em Pediatria - Malformações musculoesqueléticas, CHLC / Hospital de D. Estefânia. Lisboa, 25 de Novembro de 2016

Resumo:
É relevante conhecer o carácter dinâmico do crescimento e do desenvolvimento facial, para se compreenderem os mecanismos da harmonia dimensional e posicional dos andares da face. Muitas das anomalias que, ao longo do tempo, as malformações revelam nem sequer se relacionam com alterações estruturais, anatómicas, mas sim com alterações miofuncionais e posturais, até iatrogénicas, algumas, cujo reconhecimento e controlo aportam benefícios insubstituíveis. O seu reconhecimento, despiste e intercepção impedem desarmonias severas e podem eliminar necessidades terapêuticas, quer médicas quer cirúrgicas, de elevada onerosidade e resultados insuficientes e com recidivas. A terapêutica cirúrgica transporta, ela própria, um espectro iatrogénico que não se compadece com a ausência da ponderação do balanço ganhos/perdas, enquanto decorre o crescimento. Assim, quanto mais tardia for a instituição de qualquer fibrose cirúrgica, constrictiva e estenosante, mais harmónico será o crescimento facial e menos graves serão as desarmonias dento-maxilares e as alterações da fala. A abordagem das malformações orofaciais segue o princípio geral de que o crescimento e o desenvolvimento são os valores primordiais da infância, devendo evitar-se reintervenções "modelantes" e devendo protelar-se, para o terminus do crescimento, as abordagens resolutivas. Apresentam-se breve considerações sobre esta visão, documentadas através da projecção de imagens de PPT. 

Palavras-chave: crescimento, desenvolvimento, harmonia