Serviço de Radiologia, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa
Cursos do Internato Médico “O essencial em Radiologia na Criança e no Adolescente”, 12/04/2016, Lisboa
Define-se o conceito de dilatação pielo-calicial, classifica-se quanto à sua topografia e aborda-se a epidemiologia, esta entidade representa 40% das uropatias malformativas e, em 20%, associar-se a outras uropatias. Refere-se a importância do diagnóstico pré natal principalmente no 3º trimestre da gravidez, fazendo a distinção entre pielectasia e dilatação pielo-calicial. Apenas 20% das dilatações pielo-caliciais persistem no período pós natal. São apontadas as causas de dilatação pielo-calicial, obstrutivas e não obstrutivas. Propõe-se um protocolo de estudo imagiológico após o nascimento. O primeiro controlo pós natal da dilatação pielo-calicial é ecográfico e deve ser realizado no 1º dia de vida em caso de dilatação severa ou em rim único e, nos outros casos, será efectuado entre o 4º e o 6º dia de vida. Se esse exame se apresentar normal, repete-se a ecografia às 6 semanas de vida, confirmando a ausência de alterações, ou, no caso de se observar dilatação pielo-calicial, procede-se ao despiste de refluxo vesico-ureteral por cistografia. Na dilatação ligeira/moderada no primeiro controlo ecográfico pós natal (bacinete com 10-15 mm de diâmetro AP), repete-se a ecografia às 6 semanas e se confirmada a persistência de dilatação, realiza-se cistografia para despiste de refluxo vesico-ureteral. No caso do primeiro controlo ecográfico pós natal evidenciar dilatação grave, deverá ser efectuado estudo por isótopos para avaliar a repercussão na função renal e se existe ou não componente obstrutivo e RM. São apresentados 5 casos clínicos ilustrativos da patologia em foco e, após colocação das hipóteses de diagnóstico, demonstrados os meios de diagnóstico a que se recorreu para confirmação dos mesmos.
Palavras-chave: Dilatação pielo-calicial, imagiologia