imagem top

2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

CHULC LOGOlogo HDElogo anuario

FATORES DE PROGNÓSTICO NAS TIMPANOPLASTIAS SIMPLES EM CRIANÇAS – CASUÍSTICA DE 4 ANOS DO HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA

José Colaço, Inês Moreira, Ana Casas Novas, Luísa Monteiro.

Otorrinolaringologia, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, E.P.E.

- 59º Congresso Anual da SPORL (Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e CururgiaCervico-Facial), VISEU, 2012 (Poster).
- Revistas "SPORL" (Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervico-Facial e "International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology" (Artigo).

Objetivos: Identificação de fatores de prognóstico pré-operatórios em crianças submetidas a timpanoplastia simples.

Introdução: A criança antes dos 6 anos de idade tem uma imunidade diferente do adulto, só entre os 9-12 anos a trompa de Eustáquio tem características semelhantes á do adulto. Nos vários estudos publicados existem ainda fatores a esclarecer no sentido de melhorar o sucesso das timpanoplastias na criança, assim como de perceber os fatores preditivos de insucesso cirurgico.

Materiais e métodos: Analisaram-se todos os processos clínicos de crianças entre os 0 e os 15 anos de idade, submetidas a timpanoplastia simples no Hospital de Dona Estefânia, (HDE) durante um período de 4 anos (2008 até 2011).

Resultados: Entre 2008 e 2011 foram codificadas 260 Timpanoplastias Simples no Serviço de Otorrinolaringologia do HDE de acordo com a classificação ICD-9. Foram incluídos no estudo apenas 108 crianças, tendo sido excluídos os seguintes casos: idade superior a 15 anos (n: 38); casos de colesteatoma ou atelectasia (n: 60); seguimento inferior a 6 meses (n: 24); processos clínicos incompletos (n: 30). Foram recolhidos dados relativos ao sexo, idade, lateralidade do ouvido submetido a timpanoplastia simples, estado do ouvido contra lateral, local, tamanho e etiologia da perfuração, avaliação audiológica pré e pós-operatória, volume timpanométrico pré e pós-operatório, associação ou não de mastoidectomia e complicações pós-operatórias. Foram considerados como insucesso cirúrgico. Ausência de melhoria na avaliação audiológica, aparecimento de atelectasia timpânica, otite serosa, reperfuração ou colesteatoma.

Conclusões: Identificaram-se como fatores associados a mau prognóstico com significado estatisitico: o sexo feminino. Factores de prognostico sem significado estatístico, mas com significado clinico: perfuração de grandes dimensões, idade inferior a 7 anos aquando da timpanoplastia e volume timpanométrico inferior a 3.5 cc.

Palavras-chave: