1- Médica interna de Pedopsiquiatria, Área de Pedopsiquiatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.
- Comunicação oral numa reunião institucional de Psiquiatria de Ligação do serviço de Psiquiatria do Hospital Fernando da Fonseca
Resumo:
Introdução: Está descrito um maior risco de aparecimento perturbações depressivas em indivíduos com doença física. As perturbações depressivas estão associadas a menor adesão ao tratamento, pior prognóstico e maior mortalidade nestes doentes. Os antidepressivos são eficazes no tratamento da depressão em populações sem doença física. No entanto, nesta população, a sua utilização requer especial atenção. A escolha do antidepressivo, deve ter em conta a doença de base, a sintomatologia do doente e as possiveis interacções com outros medicamentos prescritos.
Objectivos: Esta apresentação pretende fazer uma breve revisão sobre quais os antidepressivos que podem ser utilizados em pacientes com diversas condições médicas, tais como doença hepática, cardiovascular, renal e diabetes mellitus.
Métodos: Pesquisa bibliográfica, não sistemática, através da PubMed, MEDLINE, EMBASE and PsycINFO utilizando os termos: “antidepressant”, “hepatic disease”, “renal disease”, “cardiovascular disease” e “diabetes”. Selecção de artigos considerados como relevantes. Foram também consultados livros relevantes da área.
Conclusões: As perturbações depressivas são comuns em doentes com múltiplas patologias médicas. É fundamental tratar a depressão, de forma a melhorar o prognóstico dos doentes e melhorar a sua adesão ao tratamento da doença física em causa. Esta revisão salienta quais as melhores opções em termos da escolha de um antidepressivo em diferentes patologias de base.
Palavras Chave: antidepressivos, doença hepática, doença cardiovascular, doença renal, diabetes mellitus