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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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FÍSTULA TRAQUEO-ESOFÁGICA ISOLADA – REVISÃO CASUÍSTICA DE 5 ANOS DO HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA

Aline Vaz Silva, Sara Carmo, Catarina Ladeira, Maria Knoblich, Rafaela Murinello, Cristina Borges, José Oliveira Santos, Paolo Casella.

Serviço de Cirurgia Pediátrica, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, Lisboa, Portugal

- 5º Congresso SPCMIN (comunicação livre).

Introdução: As fístulas traqueo-esofágicas são malformações congénitas frequentes, ocorrendo em 1 em 3500 nados-vivos. No entanto, a fístula traqueo-esofágica isolada (FTEI) ocorre em apenas 4% destes doentes. O diagnóstico pode ser feito no período neonatal, mas frequentemente as de menor calibre tem um atraso significativo no diagnóstico.

Objetivo: Análise retrospectiva de doentes internados com diagnóstico de FTEI num período de 5 anos.

Método: Estudo retrospectivo descritivo dos processos clínicos dos doentes internados de 01/11/2007 a 31/12/2011 com o diagnóstico de FTEI.

Resultados: Foram incluídos nesta série 6 doentes, 67% dos quais eram prematuros. A mediana da idade de diagnóstico foi de 33 dias (mín 8D; máx 5M). A apresentação clínica foi distensão abdominal num caso, cianose e episódios de engasgamento em 4. Todos tiverem episódios de infecção respiratória. O diagnóstico definitivo foi feito por broncofibroscopia em todos.Cinco doentes foram submetidos a intervenção cirúrgica, com tutorização prévia da fístula por broncofibroscopia, sendo feita uma abordagem cervial. Registaram-se 2 óbitos peri-operatórios, um pré e outro pós-operatório, em doentes que apresentavam patologia associada grave do foro cardíaco e pulmonar.
Todos os doentes foram ventilados no período pós-operatório, sendo extubados em média após 4 dias. O intervalo de tempo médio para introdução da alimentação oral foi de 5,25 dias. Dos quatro doentes operados, foi possível obter informação sobre o seguimento de 3, com um seguimento médio de 2,3 anos; nenhum apresenta queixas de difuculdade na deglutição e alimentação ou infecções respiratórias recorrentes.

Conclusão: Quando não associada a co-morbilidade grave, a FTEI tem um bom prognóstico.

Palavras-chave: Fístula tráqueo-esofágica.