- 16º Congresso Nacional de Pediatria. Albufeira. 2015. Poster
Descreve-se a variação da avaliação do risco nutricional (RiN) de crianças e adolescentes com intervenção nutricional individualizada (INI) em internamento hospitalar. O instrumento StrongKids foi usado para estimar o RiN das crianças e adolescentes internados num hospital pediátrico. Durante 3 meses, o RiN foi sistematicamente avaliado nas primeiras 72 horas após a admissão e, pelo menos, semanalmente se houvesse RiN médio ou alto. Foram considerados internamentos de ≥7 dias e excluídas as unidades de cuidados intensivos e a unidade de cuidados respiratórios e nutricionais. Analisou-se a variação do RiN e a sua associação com ter havido INI. Houve INI em 75 de 514 internamentos (14,6%), 39 (52% com ≥7 dias). Houve INI em 26,9% dos 145 internamentos ≥7 dias (p<0,001). A mediana do tempo de internamento com ≥7 dias foi de 12 dias (P75 de 12 dias; máximo 102 dias). Os 5 casos com RiN alto tiveram INI, 27,6% dos 76 com RiN médio e 20,3% dos 64 com RiN baixo. Dos 39 casos com INI, 12,8% tinha RiN alto, 53,8% RiN médio e 33,3% RiN baixo. Nos 32 casos reavaliados cerca de 7 dias após a admissão, o padrão de RiN melhorou significativamente (p=0,016); nos 16 casos com INI: 13 (81,3%) tinham RiN baixo, 2 (12,5%) RiN médio e apenas 1 (6,3%) RiN alto, descendo a RiN médio na segunda reavaliação; nos casos de RiN médio à admissão que se mantiveram em vigilância, sem INI, na primeira reavaliação 87,5% passaram para RiN baixo, mantendo os restantes, RiN médio, descendo todos a RiN baixo na segunda reavaliação. O RiN melhorou na totalidade dos casos durante o internamento. Nos casos com RiN alto com INI, o RiN passou a médio ou baixo e nos casos de RiN médio passou a baixo.
Palavras Chave: efectividade, intervenção nutricional individualizada, crianças e adolescentes, hospital pediátrico, STRONGkids.