1 - Interno de Anestesiologia, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro
2 - Interno de Anestesiologia, Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
3 - Interno de Anestesiologia, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental
4 - Interno de Anestesiologia, Centro Hospitalar de Lisboa Central
5 - Assistente Hospitalar Graduado, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central
6 - Chefe de Serviço, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central
- Reunião Nacional – XXIII Congresso Anual do CAR/ESRA Portugal 2015
Resumo:
INTRODUÇÃO: O esternocleidomastóideu tem dupla inervação: motora pelo nervo acessório e sensitiva pelo plexo cervical. Em 1978, Ramamurthy apresentou uma série de 128 doentes, submetidos a bloqueio do nervo acessório para tratamento de omalgia e cervicalgia ou como técnica analgésica para cirurgias do pescoço e ombro. Não foi encontrada mais bibliografia referente à aplicação desta técnica para analgesia perioperatória, pelo que relatamos o caso clinico abaixo.
CASO CLÍNICO: Uma criança de género feminino, 12 anos e 40kg, foi submetida a anestesia combinada para tenotomia do esternocleidomastóideu, para tratamento de torticollis. Após indução anestésica endovenosa e intubação orotraqueal, realizaram-se bloqueios do plexo cervical superficial e do nervo acessório, sob controlo ecográfico, numa abordagem inplane, com agulha de 35mm, usando no total 5ml de levobupivacaína a 0,5%. Após a cirurgia, a criança apresentava-se sem dor em repouso, com diminuição da sensibilidade e força à elevação do ombro homolateral à cirurgia. Às 6H de pós operatório mantinha-se sem necessidade de analgesia sistémica e sem dor à mobilização activa.
DISCUSSÃO: Apesar de não haver estudos a comprovar a eficácia desta técnica, para este fim, descreve-se um caso cujo controlo analgésico no intra e pós operatório imediato foram bem sucedidos.
Palavras Chave: Bloqueio do plexo cervical superficial e nervo acessório