Serviço de Radiologia, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E.
- 12º Curso de Radiologia Pediátrica do Hospital Pediátrico de Coimbra - Patologia Malformativa, 3-4/02/2012, Coimbra.
Introdução: Nos últimos anos a ecografia tem vindo a ser amplamente utilizada no rastreio de patologia do canal raquidiano e aceite como exame de primeira linha no rastreio de disrafismo oculto no recém-nascido. A Ressonância Magnética (RM) é obviamente a técnica a realizar para avaliação diagnóstica quando é identificada patologia.
Objetivos: Revisão e descrição do método de estudo ecográfico do canal raquidiano normal e das várias variantes da normalidade passíveis de surgir. Abordagem ecográfica a diversas entidades patológicas com indicação para estudo por RM.
Discussão: O estudo ecográfico do canal raquidiano em rastreio está indicado nos recém-nascidos com anomalias com alta incidência de disrafismo oculto (ânus imperfurado, síndrome de regressão caudal, malformação da cloaca / extrofia vesical, anomalias dos corpos vertebrais, etc), com massas lombo-sagradas cobertas por pele ou com estigmas cutâneos variados, sendo estes últimos passíveis de triagem em lesões de alto / baixo risco para disrafismo oculto.
Salienta-se a preparação e o posicionamento do recém-nascido, importantes para um estudo satisfatório, e descrevem-se a técnica e os aspetos ecográficos normais, a correta localização do topo distal do cone medular e o seguro reconhecimento de algumas variantes da normalidade (canal central patente, ventrículo terminal, quisto do filum terminal, filum proeminente, pseudo-massa, pseudo-sinus, cóccix dismórfico), sem necessidade de estudo imagiológico complementar nem vigilância. É extremamente importante a correta diferenciação entre todas estas variantes e as situações patológicas de forma a correta complementação por RM nas últimas e respetivo seguimento.
Palavras-chave: Ecografia, canal raquidiano, disrafismo.