1 - Hospital José Joaquim Fernandes- ULSBA, EPE;
2 - Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE.;
3 - Hospital Santa Marta, CHLC, E.PE.;
4 - Unidade de Nefrologia Pediátrica, Hospital de Dona Estefânia, CHLC, EPE;
5 - Área de Cirurgia Pediátrica, Hospital de Dona Estefânia, CHLC, EPE
– 16º Congresso Nacional de Pediatria, 22-24/10/2015, Albufeira (Comunicação Oral)
Introdução e Objectivos: A nefrolitíase tem vindo a aumentar a sua prevalência nas últimas décadas. A génese deste aumento é multifatorial, mas a alteração do padrão alimentar parece ter uma responsabilidade importante. A nefrolitíase tem um elevado grau de morbilidade e pode evoluir com complicações que adquirem gravidade clínica importante se o diagnóstico não for precoce e o tratamento adequado.
Métodos: Revisão retrospetiva de processos clínicos de crianças e adolescentes com litíase complicada, num Hospital Pediátrico, num período de 5 anos (janeiro de 2010 a dezembro de 2014).
Resultados: Ocorreu um aumento da referenciação por nefrolitíase nos últimos 5 anos, de 2,96% para 8,76%. Os autores apresentam nove casos clínicos de nefrolitíase que cursaram com complicações nefro-urológicas de gravidade variável: obstrução uretral, obstrução ureteral, infeção urinária com evolução para pionefrose/abcesso renal, alterações da função renal e rotura de bacinete. Sete destes casos necessitaram de intervenção cirúrgica. Conclusões: A utilização de técnicas cirúrgicas não invasivas constitui atualmente um avanço terapêutico importante na nefrolitíase pediátrica. Está demonstrada a sua eficácia na destruição e eliminação dos cálculos, com consequente diminuição da morbilidade associada e preservação da função renal. A terapêutica médica, muito embora tendo fraco contributo na dissolução e consequente eliminação dos cálculos já formados não deve ser descurada, sendo importante na prevenção da recorrência da litíase.
Palavras Chave: nefrolitíase, complicações, tratamento