1- Médica Interna de Pedopsiquiatria, Área de Pedopsiquiatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospital Lisboa Central, EPE, Lisboa
2- Médica Interna de Pedopsiquiatria, Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e da Adolescência, Hospital São Francisco Xavier, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE, Lisboa
3- Médico Interno de Psiquiatria, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Lisboa
4- Médica Interna de Pediatria, Hospital Fernando da Fonseca
5- Assistente Hospitalar Graduada de Pedopsiquiatria, Responsável pela Unidade de Pedopsiquiatria de Ligação, Área de Pedopsiquiatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospital Lisboa Central, EPE, Lisboa
6- Assistente Hospitalar Graduada de Pedopsiquiatria, Chefe da Unidade de Internamento de Pedopsiquiatria, Área de Pedopsiquiatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospital Lisboa Central, EPE, Lisboa
Divulgação:
- Reunião de Formação Conjunta da Área de Pedopsiquiatria, 1 de Abril de 2015, Auditório do Hospital Dona Estefânia, Lisboa (Comunicação Oral);
- XXVI Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Psiquiatria da Infância e Adolescência, 27 a 29 de Maio de 2015, Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, Vila Real (Poster);
- Jornadas de Pedopsiquiatria do Centro Hospitalar Lisboa Central, 8 e 9 de Outubro de 2015, Auditório da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, Pólo Artur Ravara, Lisboa
Resumo
Introdução: As Perturbações do Comportamento Alimentar (PCA) são doenças frequentes na infância e adolescência. A admissão hospitalar está reservada às situações de risco de complicações médicas e/ou psiquiátricas.
Objectivos: Caracterização dos doentes internados na Unidade de Internamento de Pedopsiquiatria do Hospital de Dona Estefânia com o diagnóstico de PCA, entre 2012 e 2014, seu tratamento e follow up.
Métodos: Adaptação de uma base de dados preexistente. Consulta do processo clínico dos doentes internados na Unidade de Internamento de Pedopsiquiatria do Hospital de Dona Estefânia com diagnóstico de PCA, entre 2012 e 2014. Preenchimento da base de dados. Excluídos os casos em que o diagnóstico principal era outro que não PCA.
Resultados: Foram encontrados 43 casos, dos quais 91% eram do sexo feminino, com uma média de idades a situar-se nos 14 anos. Entre o início dos sintomas e o início do acompanhamento passaram-se, em média, 9,5 meses. A média de duração do internamento foi de 51 dias. Cerca de metade dos doentes (51,2%) tinha um IMC inferior ao Percentil 5. O diagnóstico mais frequente era Anorexia Nervosa Tipo Restritivo (60,5%). Foram encontradas comorbilidades psiquiátricas em 39% dos doentes, sendo que destes, a grande maioria apresentava uma perturbação do humor, seguindo-se as perturbações de ansiedade. A taxa de reinternamento situava-se nos 23,3%.
Conclusões: As PCA na infância e adolescência necessitam de um acompanhamento especializado multidisciplinar. Os internamentos neste tipo de patologia são habitualmente longos, exigindo uma continuidade no acompanhamento em ambulatório, criando a necessidade de uma consulta de follow up.
Palavras Chave: Perturbação do Comportamento Alimentar, Anorexia Nervosa, Unidade de internamento